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terça-feira, 5 de abril de 2016

Alberto Cuddel

Mote: “No íntimo do teu ventre o universo”

Criou-te mais perfeita que o protótipo,
Agente em si sensível e multiplicador,
Complexo, diferente, simplesmente mulher!

Ser mulher, amar sem compreender
Ser vida, de si por amor nascer,
Projeto futuro, em tudo perfeito
Sem instruções, descoberta do mundo!

Ser mulher, carregar em si o ontem,
Educar, manipulando o futuro,
Ser parte de um tudo, infinito,
Sendo em si para alguém o mundo!

Ser mulher, na fragilidade de uma lagrima,
Na luz de um sorriso, num grito de desespero,
No gemido, no sussurro, na sedução
Na força em que expulsa de si o feto,
No amor incompreensível amando
Num pequeno ser também parte de si!

Ser mulher, é também no homem
Encontrar, o eu mulher por quem
Todo este mundo ainda avança,
Num sonho doce de menino,
Pensamento inocente de criança!

Alberto Cuddel



sexta-feira, 18 de março de 2016

93 - Mar Revolto

Mar revolto!
 
Chega com a fúria na alma,
E nessa fúria logo se acalma,
De sentimentos revolto o Mar,
Mas pela Lua se volta afagar!
 
Que triste o constante vaivém,
Ora calmo, belo e espelhado,
Ora revolto querendo levar alguém,
Deitando por terra o que foi sonhado!
 
Deixa-me o tempo parar,
Deixa-me voltar a sonhar,
Deixa-me a teu lado caminhar,
Deixando de novo gravar,
As pegadas do que é Amar!

Alberto Cuddel®
 

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Alberto Cuddel - Quotidiano



Quotidiano

Como um qualquer noturno ser,
Em fuga do lar para viver,
Aventura-se na penumbra a trabalhar,
Deixando para traz a família ficar!
Qual farrapo, qual sombra,
Em sua consciência tomba,
E sai, moribundo, em desalento,
Depois de tanto contentamento,
Para traz deixar!

Mas, e há sempre um mas,
A mutação que se opera em seu coração,
Não é apenas saudade,
Não é apenas verdade,
Do caminho traçado,
Do que por eles foi alcançado,
Na profissão,
Na devoção,
E ao recordar se alegra, sorri e agradece,
Pois tudo por ti é visto, feito e pedido,
Comunicado em jeito de prece,
Estando por isso agradecido,
Pela manhã, que ao chegar,
Os seu braços a minha espera vou encontrar!

Alberto Cuddel®
 
 

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Escolhi amar-te porque me Amava X

…lembras-te? Claro que te lembras, que tontice a minha, como podia o teu cérebro esquecer as palavras, as imagens? Quantas mensagens trocadas numa qualquer aplicação, elevando a libido, desejo, o querer?

…quantas vezes o teu corpo tremeu, elevou-se, desejou-me… em meras palavras propositadamente desconcertantes, ordinariamente e pornograficamente explicitas. Nas imagens que as acompanhavam, arrebatando para mim toda a tua atenção, fazendo-te desejar o reencontro com meu corpo mais que qualquer outra coisa na vida?

…cultivamos em nós, um desejo adolescente de um sexo proibido, de um encontro casual num qualquer lugar, apenas para matarmos uma fome de nós mesmos, uma sede que cultivávamos na abstinência do dia…

… hoje? Ficamos apenas por umas curtas mensagens, ternas, carinhosas, num: “ amo-te”; “cheguei”; “Bjinhos”; “estou a sair”; “já te ligo”…

Ai as saudades desse outo tempo, dessas outras mensagens explicitamente ordinária que nos desconcentravam, na fome do desejo que em nós cultivávamos, mas hoje a porcaria do teu telemóvel só recebe SMS…

Mesmo assim amo-te, porque me amo também em ti…
M. Irene Cuddel ®

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Amanhecer em mim,



Sou, despida de qualquer capa,
definho na tua ausência,
anoiteceu em mim, 
na falta da tua luz,
no gélido querer,
corpo coberto pelo teu,
espero em vão na noite,
certo que amanhecerei em ti,
quieto, palpitante coração,
sôfrego choro, clamor,
arde por dentro, saudade,
conto horas, minutos, segundos,
na memória, o beijo, e o estrondoso,
ruído do bater da porta,
fechou-se em mim,
consciência de não te ter,
velas que ardem em silêncio,
num corpo mal despido, 
trémulo, ressacado pela falta,
pela abstinência do teu,
teu calor, tua paixão,
teu amor…


Fico, tremendo na espera,
que amanheças em mim!

Alberto Cuddel
Sedução e Erotismo – 25

sábado, 2 de janeiro de 2016

Mulher!


Segura de si, firme vontade,
Confiante no teu estado de mulher,
Sabes quem és, sabes ser,
Firme aura que teu ser emana,
Inviolável perseguição ao sonho,
Azul celeste que em ti perdura,
Luz que reflete a contagiar,
Agir, transformar, acreditar,
Olhares que te seguem,
Que te perseguem,
Trono divino da humana criação,
Ventre perfeito, humana geração,
És jardim florido na primavera,
És a chuva do frio inverno,
És raio de sol no calor do verão,
És fruto maduro no outono,
És tímida, delicada e sonhadora,
Forte, decidida, edificadora,
Mãe, amiga, esposa, amante,
Incansavelmente constante,
Porto seguro de amor ardente,
Teu sorriso, cansado, confiante,
Mesmo assim mulher sedutoramente
Bela e definitivamente certa,
Que ninguém lhe fica indiferente!
És mulher decidida, firme vontade,
Segura entre outra gente!
Alberto Cuddel

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Um quase Amor... Distante...

Um quase amor, distante…

Vil e triste, amargurado, saudoso fado,
Sentir, perdido, virtualmente ausente,
Querer, desesperado não ser abraçado,
Amada, sedução enganadora gente!
 

Sedução diária deixas sem medos
No desespero do sabor de teu corpo,
Cheiro do teu intimo em meus dedos,
Visão perfeita, musa de meu sopro!
 
Desafiantes imagens, querer absoluto,
Sedução envolvente que contigo luto,
Escondidos amantes entre toda gente!
 
Amada minha onde te encontras,
No sono do sonho onde te mostras,
Na dor da saudade, corpo que sente!

Alberto Cuddel
 

domingo, 29 de novembro de 2015

Alberto Cuddel - 100 (cl) sentimentos destilados na alma!

Sangue da alma escorrendo no rosto,
filhos em pranto por alimento materno
conjugação imperfeita, sonho proposto
interno sentir, sofrido manifesto externo.
 
Irrigado querer, antídoto, inflamada alma
lágrimas nunca choradas, dor, angústias
choro lágrimas a rir, aquando choro a calma
paixão no filho do homem, escorridas hóstias.
 
Lágrimas caídas, dentro, oculto lado errado
águas caídas, manso adeus meu ser infeliz
enxugadas no ermo querer erro perdoado.
 
-quentes, silenciosas... ardentes na dor
fonte na vida gerada, num ontem – feliz
olhos marejados de lágrimas,  ainda Amor.

Alberto Cuddel®

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Alberto Cuddel - Declaro-me...



Agora,
Sim agora,
Sabes que sim,
Que privar-me de mim,
Não faz sentido,
Enclausurar todo o sentir,
Reter o que deve ser dito,
Não, não faz o mínimo sentido,
Nada faz sentido, neste doce sentir,
Prender, amordaçar, não poder gritar,
Que sentido teria no silêncio da paixão,
Se não gritado, sussurrado, gemido,
Até chorado no âmago do prazer…

Não, não faz sentido,
Deixar-me morrer na dádiva,
Deixar-me morrer na entrega,
Quando basta dar-me, 
Dar-me apenas a ti!...

25/11/2014
Palavras Desconexas

domingo, 22 de novembro de 2015

Alberto Cuddel - Mulher..


Nascida da firme esperança do amor,
Alimentada na virtude frutuosa,
Crescendo, tornando-se bela graciosa,
Enraizada na virtude da graça,

Ora bela, elegante florida,
Ora triste, despida sofrida,
Espera o namoro das aves
O brilho do arco-íris,
Brilha, disfarçado luar,
Cintila, apaixonada pelas estrelas,
O alvo acordar na pureza da neve,
O triste adormecer na folha caduca,
Enamora-se no triste chilrear,
De uma ave canora!...
Desilude-se na triste saudade,
De ver sofrida da mãe a humanidade!

Por: Alberto Cuddel®

Palavras Desconexas - 17

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Alberto Cuddel - Escolhi Amar-te XLVI



Ao segundo olhar, nossos corpos estremeceram no louco desejo erótico de nos unirmos, no mais animalesco ato de fidelidade sincronizada, dando forma, eliminando as barreiras da linguagem, falando no silêncio dos gemidos do amor. Não somos maníacos, mas a verdade exposta do nosso sentir é que nos desejávamos amar um no outro antes mesmo de nos conhecermos.

O desejo envergonhado desenhado no rubor nos nossos rostos adolescentes, as mãos húmidas do nervosismo, um primeiro beijo em ti, senti, não vi, não viste, apenas o sentimos, na alma, no estremecer dos nossos inocentes corpos…

Encontramo-nos todos os dias no movimento ardente da palavra escrita, no desejo consumado na ponta da caneta em brasa que se arrastava no papel, depósito de sonhos, devaneios eróticos do nosso amor sonhado e confirmado a dois, nas respostas e contra-respostas, da sedução do perfume do papel…

Para finalmente nos encontrarmos, frente a frente, despidos de tudo, despidos do mundo, vazios, apenas confirmados perante a testemunha divina que testemunhou e confirmou o desejo de nos pertencermos. Encontramo-nos na noite onde nascem todas as primaveras, onde todos pássaros cantam em coro a alvorada, como trompetas anunciando a confirmação, a consumação de unir o desejo de nossas almas também no corpo, revelando o mistério divino, confirmado na profecia bíblica e os dois formarão uma só carne, um só espirito.

Em nós que nos escolhemos amar, pelo menos até amanhã, confirmemos hoje, que ainda hoje nos desejamos fazer uno o querer, no silêncio gemido que ecoa nas nossas almas desde o dia em que nossos olhos pela segunda vez se beijaram.
 
Alberto Cuddel®
 
Pode acompanhar todos os textos em:
 

 

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Alberto Cuddel - Escolhi Amar-te XLII



No tempo, encontramo-nos num qualquer vão de escada perdido na memória, num diálogo surdo do silêncio do nosso olhar. Existem dias, existem noites que eu, que tu, como tantos eles, esquecemos que o amor, o ato decisório de amar dura apenas um dia e uma noite, nem mais, nem menos. Quero amar-te também em mim, recorda-me, acorda-me de mim próprio, das distrações egoístas onde tantas vezes me perco de ti. Lembra-me de te amar pelo menos até amanhã.

Quando ridiculamente penso o amor, em como te escrevo e inscrevo no verbo amar, sei que sou, amplamente e conscientemente ridículo, nas cartas que te escrevi, nas cartas que te escrevo, sei que sou e amo verdadeiramente ser ridículo, como ridículos são os que desistem conscientemente de amar. Vejo-me ridículo, mas não tão ridículo como os que fingem acreditar, que o amor nasce de uma paixão, assoberbada pelo efeito físico das dopaminas e endorfinas libertadas, pela paixão…

Escolher amar-te tantas vezes significa um ato egoísta de encontrar em ti partes de mim que eu próprio desconhecia. Amar-te tantas vezes significa doar-me de tal forma intensa que em mim apenas te encontro a ti.

Escolher amar-te é em si uma profunda blasfémia ao amor divino, é amar a Deus pela obra criada, pela perfeição do amor com que te criou, no narcisismo de crer, que Ele criou-te para que apenas eu pudesse escolher Amar.
Alberto Cuddel®

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Alberto Cuddel - Ocaso

 

O Sol esvai-se lentamente
sôfrego sofrimento do fim do dia
calam-se as silenciosas palavras
fecham-se as portas do tempo
abandonam silenciosamente
vida corrida, vagarosamente
são, existem, no tempo
um do outro, realizam
poesia plena, sentir absoluto!...
 
Alberto Cuddel®
 
 

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Alberto Cuddel - Escolhi Amar-te XL


A pernas que te levaram à presença do meu olhar, são as mesmas que hoje lascivamente se entrelaçam no meu corpo, deixando-me sem vontade de partir!

As vezes, é bom demorar com o olhar pousado em ti, como que adormecido nas formas de teu corpo, o amor pode ser silencioso, mas jamais deixar de ser físico, podemos amar-nos eternamente na entrega da alma ao corpo, nem que seja num mero toque na pele rugosa das nossas envelhecidas mãos. O amor é também físico, Amor é também pornografia!

Sabes o quanto amo amar-te também com os dedos, com os lábios, com a língua, com o olhar, com as palavras, as palavras são do mais erótico e pornográfico que pode existir. É essa despudorada forma de nos amarmos que nos sustem na distância física do amor num abraço.

Nas curtas metragens dos nossos sonhos, realizamos as mais loucas e eróticas fantasias amorosas, num telefonema fora de horas, um notívago despertar, e as palavras, essa eróticas e traiçoeiras palavras -despe-te, veste apenas uma gabardine e desce, estou a chegar, e quero amar-te longe daqui, em qualquer outro lugar. Amamo-nos, porque apenas temos vontade de o fazer, de o ser, na essência também amantes.

A chuva cai, também na rua, som que nos inebria, no embaciar dos vidros do automóvel, mecânicos ávidos de testar exaustivamente o sistema de suspensão, a tua voz doce, acentuadamente quente, no sabor salgado da tua pele, és sonho realizado em mim, sou em ti ator perfeito da loucura, é a loucura de nos amarmos, num tempo em que já ninguém se ama.

Nos dias em que nos encontramos, amamo-nos… nos outros, amamo-nos também, pois ao segundo olhar, prometi nunca mais deixar de Escolher Amar-te!
Alberto Cuddel®

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Sírio de Andrade - Eterno é o dia-a-dia...


Eterno é o dia-a-dia...
Dia, tarde, noite,
O amor é isso,
Um tempo sucessivo,
Continuamente interrompido,
Por um tudo ou nada pensado,
Desviado do propósito da vida,
Um trabalho, uma noticia,
E o amor, posto de lado,
Dobrado, amarrotado como revista,
Tudo passa, tudo finda,
Fica o amor, esquecido,
Agora lembrado,
Pegado, beijado,
Abraçado, revivido,
No fim apenas ele,
É eterno dia-a-dia!
 
Sírio de Andrade®
In: Antologia depressiva


 

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Memória



Guardo em mim
Memórias do tempo
Sonhos desfolhados
Luares estrelados
Saudades do amanhã
Desejos de um ontem recordado,
No hoje que realizarei o que fiz!
 
Alberto Cuddel®



quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Voo da Saudade!


Tivesse eu a vontade de voar, 
E contigo voaria! 

Solidão castrante da vontade, 
Ausência tua sentida no ser, 
Distância imposta por esses deuses, 
Que devotos nos leva ao trabalho, 
Sustento da ténue vida física, 
Desgastante da alma ausente! 


Saudade de estar em ti comigo! 


Alberto Cuddel