Te levarei comigo,
Lá onde de longe
Identificam-se os ventos
Que arejam de furor
Ou sopram de amor,
Lá a caçar os sonhos
De corações pequeninos
Em corpos espaçosos
Que ocupam lugares do mar
Nessas mentes vazias
Como latas de caniço
Que protegem a sardinha
Das saudades abstratas,
Como bolas de ar
Que carregam o fôlego
Dos peixes entre as algas,
Temos que ir está na hora
A pescar nossos sonhos
De de paredes de água
Em leitos longos,
oceanos indistintos.
Tem que ser já,
A onda última acaba de bater
Nesta rocha lisa
Disposta em grãos
de areia mais finos
Ou em espumas dispersas
Nesta margem sangrenta
Sobre estas mesma vidas
Distintamente invisíveis,
Pesquemos só estórias
Que cada entardecer desconhecem
Os ouvidos que lhes acompanha
Ao sopro do vento
E passagem do tempo.
Nós, aqui nesta canoa
Resultante de uma árvore nua.
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