Do nada,
A tempestade se
forma,
As nuvens ganham
forma,
Escurecem,
carregadas de trovoadas,
Ciclones de
palavras, chuvas torrenciais,
Dilúvios de
ideias, de sentimentos,
Não há abrigo, onde
pensavas existir,
Tudo desaba, tudo
fora do lugar,
Não há
vontade, não há querer,
Nada a fazer,
já nada a cuidar,
Nada a proteger,
nada a salvar!
E do nada tudo
termina,
Na calma mansidão da
bonança,
No tempo que se
pensava de limpeza,
Que nem na vida
certa há certeza,
Do nada a luz,
para sempre se apaga!
Alberto Cuddel
In: Os dias do fim!
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