terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Do nada...

Do nada,

A tempestade se forma,
As nuvens ganham forma,
Escurecem, carregadas de trovoadas,
Ciclones de palavras, chuvas torrenciais,
Dilúvios de ideias,  de sentimentos,
Não há abrigo, onde pensavas existir,
Tudo desaba, tudo fora do lugar,
Não há vontade,  não há querer,
Nada a fazer,  já nada a cuidar,
Nada a proteger, nada a salvar!
E do nada tudo termina,
Na calma mansidão da bonança,
No tempo que se pensava de limpeza,
Que nem na vida certa há certeza,
Do nada a luz,  para sempre se apaga!

Alberto Cuddel

In: Os dias do fim!

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