segunda-feira, 12 de outubro de 2015

CANTIGA CONTRA BILTRES E ABUTRES



Sigamos com panelaços, passe(i)atas e protestos. . .
que os porcos prosseguem fartos
e, á nós outros, restam restos.
Paguemos pelos pecados
dos pecadores funestos. . .
“Eleitores malfadados
dos eleitos desonestos”.
Taxados, sobretaxados,
atarraxados ao chão,
estamos na mão
de Deus,
debaixo dos pés
do Cão.
Sim, paguemos mais impostos
aos impostores , em vão. . .
que os abutres acham graça
da desgraça da nação!!

Sem saúde,
segurança,
moradia
e educação,
o povo ainda canta
(e dança!)
Haja circo! Haja pão!
Eu, já perdi a esperança,
a paciência
e a noção
de justiça,
confiança,
coerência
e direção. . .
Sigamos desgovernados,
á favor da contramão,
totalmente indignados
e ,no entanto, sem ação.
Protestando exasperados,
implorando  salvação,
até sermos convocados
para a próxima eleição. . .
Se votar fosse um “direito”
não seria obrigação. . .
Mas ,ah, nem tudo é perfeito,
louvemos a imperfeição!
No sacro instante do pleito,
escolha o menos ladrão. . .
E dê-se por satisfeito
e por cumprida a missão.
Só não espere respeito
como retribuição. . .
Pra eles, honra é defeito,
assim como a retidão.
Será que o Brasil tem jeito?
Desse jeito, não sei não. .
Sem causa não há efeito
e a força vem da união.
Ou o povo estufa o peito
e põe fim na danação
ou segue o caminho estreito
que leva á destruição. . .
Acabar com o desrespeito,
a usura e a corrupção
não pode ser só conceito,
utopia ou ilusão.
Se o que está feito está feito,
sejamos a solução!
Deixemos o pretérito imperfeito!
Façamos o futuro
á perfeição!
Se é cobra engolindo cobra
mãos á obra!!!
Porque não?
Aonde a coragem sobra,
não sobra submissão!
Enquanto o Brasil se dobra
diante dessa podridão,
o mau conclui a manobra
e o bem lamenta o desvão.
Acorda, Gigante, acorda!
Transborda, estremece o chão!
Liberta-nos dessa horda,
dessa horrenda escuridão!
“Já raiou a liberdade
no horizonte do Brasil”. . .
Quisera fosse verdade. . .
Meu olho ainda não viu.
Pátria amada, idolatrada,
salve, salve o povo seu!
É tempo, terra adorada,
de alcançar seu apogeu!       
Patriazinha desonrada. . .
lave a honra do seu povo!!!!
Pátria minha, pátria amada,
Bora. . .começar de novo!

PAULO MIRANDA BARRETO

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