Saudade do tempo em que ‘pedaladas’
eram só as do Robinhoimitadas nas peladas de campinho
repetidamente pela molecada!
Agora os craques são outros
e os tempos também!
O sujo acusa o imundo
O irado fala mal do furibundo
E cada qual impõe seu nhenhenhém. . .Meu país de ‘reis do drible ‘ e mil sotaques
Mula manca . . . que dá coices e relincha
Tem chiliques, ‘partidários piripaques’
Faltam índios, mas caciques há de sobra
O Congresso é um Fla x Flu ,Irã x Iraque. . .
(Craque lá, não mostra o pau nem mata a cobra)
O Brasil é uma República de araque!
É Renan ,é Lula lá (e cá) ,é Cunha
Relatores, delatores premiados
Lava jato, senadores,deputados
(fora o Temer . . . e a dengue e a Chikungunya)!!!!
É protesto e Manifesto de hora em hora
Sons funestos: ‘Fora Dilma’! ‘Somos Moro’!
São torcidas? Cada uma entoa um coro?
E no fim? Quem ri por último? Quem chora?
Pago até pra ver quem vai, quem vem, quem fica
Pago caro pra sair dos meus apuros. . .
Sem futuro . . . com salário de titica
E o ‘direito’ de votar é obrigatório. . .
E o dever de ser honesto é ‘opcional’
Meu país é um paraíso, um purgatório
um inferno . . . Eterno ‘fado tropical’
Nossa mídia ama a perfídia, a infâmia, a fúria
Manipula as massas, mente, desinforma
Habilmente, velozmente pega a injúria
e em verdade absoluta lhe transforma
Nós ouvimos, vemos, lemos . . . decidimos
por nós mesmos o que é fato e o que não éQuem é quem? Quem é do bem? Quem de má fé?
Nós julgamos . . . condenamos . . . e seguimos. . .
(O meu povo está virando terrorista)?
Tô pensando seriamente em dar no pé!
Vou-me embora pra Pasárgada , meu bem
pois senão meu ‘coração de ouro ‘ explode
Ai, se Deus é brasileiro (oh my God)
deve estar chorando mais do que um neném!
Minha terra não é minha . . .
‘Tô bolado’,’ tô de bode’
sem inspiração pra ode. . .
Vou compor um réquiem
Minha amada patriazinha
Ai ,ai . . . nem Deus nos acode
O Diabo tudo pode
e os anjos dizem amém. . .
Nunca mais eu vou andar de pedalinho
nem sequer de bicicleta ,meu amor
que isso lembra as ‘pedaladas’ . . . o Robinho
e um passado . . . que eu julgava promissorMas não vou morrer de raiva ou de vergonha
Vou teimar e versejar como quem sonha
um final feliz . . . num filme de terror.
PAULO MIRANDA BARRETO
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