nalgum hotel de Paris. . .
ou pule de uma ponte em Nova Iorque
e infelicite o tal “final feliz”
Talvez viva pra sempre . . . e nem me toque
que eu disse tudo o mais que ninguém diz. . .
E vá pra luz, tal qual astro do rock
que toca um blues e jaz sem dar o bis
Sei lá . . . Quem sabe um dia eu me coloque
além do quase sempre por um triz. . .
deixando para trás o achaque e o
choque
de nunca bem ter visto os bem te vis
Quem sabe Deus um dia me convoque
pra ir tramar com Ele alguns ardis. .
.
ou Lúcifer me leve de reboque
pra lá dos Paraísos que eu não quis
Talvez, depois de tudo nada fique
e nem faça sentido isso que fiz. . .
E eu vague á ver navios indo á pique
num mar silencioso e fundo e gris. .
.
Quem sabe um dia alguém me versifique
dedique um verso á mim . . . tolo
infeliz
E o pouco que deixei se multiplique
aos ventos . . . ou nos voos dos colibris.
PAULO MIRANDA BARRETO
Este trabalho está
licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-CompartilhaIgual 4.0
Internacional.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentário.