Este velho rosto
Cansado,
Oculto enrugado
Sofrido pelo tempo marcado
Aos anos aliados, maltratado
Ao tempo que passou
No rosto eis que surge a dor
O corpo arcado cansado
Hoje relembra o passado
Tão distante
Quantas voltas deram o relógio
Para que chegasse aqui
Cansado ofegante
Acalentando as lembranças
Desde tempos de crianças
Dos vividos dias de bonança
Lá distante na infância
Este outrora belo rosto
Por voltas traz o espelho
Em rugas tristes olhar cansado
Pelo tempo abatido surrado
A fumaça do alvorecer
Presencias um novo amanhecer
Tocam lhe o rosto a neblina da manhã
Suavemente
Aos olhos de avelã
A leve brisa das ondas
Vagarosamente toca-lhe o rosto
Com a delicadeza de uma flor
Do mar as águas lhe tocam os pés
E as lembranças do passado que ficou
Este velho rosto
Sofrido cansado pelo tempo marcado
Se faz presente hoje em memoria
Lembranças de uma história...
Poeta do Sertão
31-01-2016
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