domingo, 1 de novembro de 2015

OLHAI OS OLHOS DA RUA








estão no olho da rua.
parece que ninguém vê. . .
alguns aluados, ao léu, sob a lua
e outros mais sábios que eu e você. . .

seriam lesados num mundo de ilesos?
eles sabem  bem quanto dói a verdade. . .
livres pelas ruas, sobrevivem presos
ao trágico desprezo das cidades.

famintos e sujos, não fazem protestos...
sonham gentilezas, abraços, sorrisos.
garimpam o lixo, comem nossos restos. . .
e espiam. . . de longe nossos “paraísos” . 

dormem nas calçadas ou sobe as marquises
enquanto seguimos  á largas passadas
(com casas, comidas e roupas lavadas)
pra longe do clamor dos infelizes. 


Paulo Miranda Barreto 

Este trabalho está licenciado com uma licença Creative Commons - Atribuição - CompartilhadaIgual 4.0 Internacional.

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