estão no olho da rua.
parece que ninguém vê. . .
alguns aluados, ao léu, sob a lua
e outros mais sábios que eu e você. .
.
seriam lesados num mundo de ilesos?
eles sabem bem quanto dói a verdade. . .
livres pelas ruas, sobrevivem presos
ao trágico desprezo das cidades.
famintos e sujos, não fazem
protestos. . .
sonham gentilezas, abraços, sorrisos.
garimpam o lixo, comem nossos restos.
. .
e espiam. . . de longe nossos
“paraísos” .
dormem nas calçadas ou sob as
marquises
enquanto seguimos á largas passadas
(com casas, comidas e roupas lavadas)
pra longe do clamor dos infelizes.
PAULO MIRANDA BARRETO
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