Samir: Boa tarde, caro Diário dos Escritores, antes de
mais nada, obrigado pela atenção. Chamo-me Samir Karimo, utilizei o S.Nodier somente
no Contos infernais de charles Nodier. Nasci
em Lisboa a 11 de junho de 1978
Diário: Qual o primeiro livro que leu?
Samir: O primeiro livro de que tenho memória é a versão
infantil das Mil e Uma Noites.
Fascinou—me pela coexistência entre génios, seres fantásticos e seres humanos,
a história de Aladino, Xerazade, etc.
Diário: Quando percebeu o gosto pela Literatura?
Samir: Desde pequeno gostei sempre de Literatura
Fantástica, mas despertei para a Literatura principalmente no Liceu e, depois,
na Faculdade. Descobri autores fascinantes como Hoffmann, Kafka, Pirandello,
Pessoa, Borges, Cervantes e não só.
Diário: Quantas obras já publicou? Quais?
Samir: Publiquei
duas obras, uma em 2013 chamada CONTOS
INFERNAIS DE CHARLES NODIER com o pseudónimo S.Nodier que é uma tradução e
seleção dos melhores contos do Infernaliana de Charles Nodier e, em 2015, publiquei o meu primeiro livro de
originais em castelhano e em português chamado SOBRENATURAL.
Diário: O que acha da Cultura Portuguesa? Há muita
diferença da Cultura Indiana, sua origem?
Samir: A Cultura Portuguesa é muito rica e, se juntarmos a
exoticidade da Indiana, então temos algo verdadeiramente surpreendente. Claro
que há algumas diferenças de costumes e
tradições, mas é isso que torna uma pessoa rica, tentar extrair o melhor que se
tem de cada cultura e misturar num “caldeirão”. Por exemplo, na história do Diário de um
Sedutor, optei por utilizar a mitologia hindu para realçar o papel de certas
Deusas Indianas que vão tentar ajudar o nosso querido Sedutor.
Diário: Por trabalhar com temas sobrenaturais em seus
textos, acredita no sobrenatural ou apenas o usa como estilo literário?
Samir: Acredito que há coisas que nos ultrapassam completamente.
Sempre gostei deste tema pois permite criar desafios à nossa imaginação. Até
que ponto o leigo é capaz de explicar o inexplicável, até que ponto o racional
é mesmo racional? Há fenómenos que vão para além da nossa razão. Como estilo é um filão interminável que
permite conceber mundos alternativos. Posso mesmo afirmar que neste livro o
leitor vai mergulhar numa espécie de sonho
incoerente em que surgem as mais diferentes e bizarras situações.
Diário: Acredita que ser escritor é uma profissão
viável ou apenas um passatempo?
Samir: Gostaria mesmo que fosse uma profissão viável, mas
por enquanto é um passatempo. Quando tenho tempo escrevo e anoto tudo num
caderninho onde vou registando tudo o que me chama a atenção: desde a maneira
de andar, agir de uma pessoa ou mesmo uma situação que pode servir para
escrever uma grande história. Por
enquanto trabalho como tradutor, mas espero um dia vir a viver somente da escrita.
Diário: Vê alguma diferença do Governo de seu país em
relação aos demais países da Europa?
Samir: É um país tolerante, pluralista e aberto a todas as
confissões onde as minorias e diferentes credos estão bem enraizados e
integrados.
Diário: Se não fosse escritor, o que seria?
Samir: Talvez ator pois gosto muito de representar.
Diário: O que acha a respeito da luta feminista,
acredita que as mulheres estão finalmente conquistando seu espaço ou tudo não
passa de manobra politica de terceiros?
Samir: Há lugar para todos e para tudo e tem que haver
respeito mútuo. As mulheres têm que ter o seu espaço. Conquistar o espaço é uma
coisa, mas se terceiros se aproveitam da política para fazer algo que achem que
“está na moda ” é outra. Aliás, devia-se respeitar mais as mulheres pois são
elas que um dia vão educar os nossos jovens e formar futuros líderes.
Diário: Qual livro leria novamente?
Samir: O sanatório de Cascais de Miguel Viqueira pois fala
sobre Pessoa.
Diário: Qual livro gostaria de ter escrito?
Samir: O Pancha
Tantra de Vishnu Sarma, para não citar outros. É um livro que inspirou as modernas histórias
e fábulas atuais. Aliás, serviu de inspiração
às MIL E UMA NOITES.
Diário: Cite dois poetas ou escritores que mais
aprecia.
Samir: Não cito dois, mas três pois estão no meu coração. Unamuno,
Pirandello e também Pessoa. Sempre me fascinou aquela questão do ser e não ser.
Qual o papel que o ser humano ou o
“personagem” ser humano desempenha no mundo, algo debatido por estes autores.
Diário: Com qual livro se presentearia?
Samir: Não tenho um livro específico, mas todo aquele que
sirva para educar e formar a gente do amanhã.
Diário: Fale em poucas linhas quem é Samir Karimo.
Samir: Samir Karimo
é um jovem escritor e tradutor que quer ver os seus amigos e não só
felizes e cujo trabalho pretende servir de inspiração a outros e ajudar na sua
educação enquanto cidadãos.
Saiba mais sobre o escritor Samir Karimo e sua obra:
Facebook: Samir Karimo
Para a compra em língua portuguesa na Amazon:
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