Vem lá da floresta
Uma ofegante voz
Quase imperceptível
Sussurrando a reclamar
Uma solitária arvore
Saudosa se põem a chorar
Relembra dos bons tempos
E de um belo lugar
Destemida a valente
Resistiu a devastação
Sente-se cansada entristecida
Lagrimas banham o chão
Sente falta
De toda beleza natural
Do cheiro de mato
Dos pássaros, dos animais
Dos rios e índios que não existem mais
Chegaram os exterminadores
Minhas irmãs foram ao chã
Esvaíram-se as águas
Desapareceram os animais
Hoje zangada a natureza
Ao longe se faz ouvir
Risca o céu com seu clarão
Seus raios se abrigam no chão
Se manifesta entre raios e trovão
Estremecendo ao próprio chão
Cobra raivosa
Por toda devastação
Ouço a voz da solitária arvore
Me explicando a destruição...
Poeta do Sertão
20-02-2016
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